
Os álbuns constituem um universo particular. Aqui as fotografias complementam-se mutuamente estabelecendo inter-relações que as enriquecem, não só individualmente como no conjunto. A existência de eventuais legendas, notas acrescentadas à mão, recortes de jornais e outro tipo de anotações ajudam a compreender o todo.
Um álbum é no fundo um livro destinado a mostrar fotografias. No início os álbuns eram realizadas pelo próprio fotógrafo ou comprados como um livro em branco a um encadernador. As provas fotográficas eram presas às páginas pelos cantos, pelas arestas ou coladas na sua totalidade.
No final da década de 1850, apareceram os álbuns com zonas de encaixe para ferrótipos e provas fotográficas com o formato carte de visite. Quando o formato cabinet se tornou popular, no início dos anos 1870, os álbuns passaram a acomodar ambos os formatos. Os mais pequenos álbuns fabricados foram projetados para exibir gen tintypes em miniatura. A variedade decorativa destes álbuns é aparentemente ilimitada: revestimentos, decorações elaboradas, expositores e caixas de música, são exemplos do que se pode encontrar.
Com o passar do tempo os álbuns foram-se tornando mais simples até ao aparecimento dos álbuns digitais em que houve uma fusão entre a decoração e as imagens fotográficas.
Bibliografia:
Osterman, Mark. 2007. Album. In The Focal Encyclopedia of Photography: Digital Imaging, Theory and Applications, History, and Science, ed. Michael R. Peres, 38, Focal Press.