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Corantes orgânicos

Os corantes orgânicos formam a imagem das provas, diapositivos e negativos a cor dos processo cromogéneos. São materiais muito instáveis, muito frágeis à acção da luz e do calor e que tendem a decompor-se, mesmo em condições ambientais adequadas para as fotografias a preto e branco.

Alteração de cor por ação do calor.

Processos fotográficos em que ocorre
- Todos os processos cromogéneos, provas, diapositivos e negativos cromogéneos, em particular os produzidos antes de 1980 que são mais instáveis.

Descrição do seu aspeto visual - Alteração do equilíbrio de cor, imagens adquirem tonalidade irreal, pode ser magenta ou cião, embora com manutenção dos detalhes das zonas mais claras.

Descrição do mecanismo da deterioração - A imagem a cor é formada por três camadas de corantes, transparentes e sobrepostos, que estão doseados para produzir uma imagem com a cor equilibrada. A alteração de uma destas camadas conduz a um desequilíbrio, com sobrevalorização da cor dos outros dois corantes, com alteração de cor da prova.

Causas do seu aparecimento - A deterioração dos corantes resulta da instabilidade intrínseca dos corantes que formam a imagem, acelerada pela ação do calor. Os corantes têm tendência para se decompor quimicamente, de que resultam substâncias mais simples, sem cor, que não contribuem para a imagem fotográfica. A reação dá-se tanto mais rapidamente quanto mais elevada for a temperatura do arquivo. Pode dizer-se que por cada aumento 5 ºC da temperatura do depósito, a velocidade de decomposição dos corantes duplica.

Ações para prevenir o seu aparecimento - Instalação das fotografias em depósito frio, a temperatura inferior a 10 º C, idealmente inferior a 5 º C.

Formas de restauro - Não se praticam formas de restauro químico. A cor pode ser restaurada por meios informáticos, através da digitalização e tratamento da imagem digital.

Alteração de cor e desvanecimento por ação da luz ou radiações ultravioleta.

Processos fotográficos em que ocorre - Todos os processos cromogéneos, provas, diapositivos e negativos, em particular os produzidos antes de 1980.

Descrição do seu aspeto visual - Alteração do equilíbrio das cores, as imagens adquirem tonalidade irreal, geralmente cião, com perda acentuada dos pormenores das zonas mais claras. A ação da luz resulta num branqueamento da imagem e os detalhes mais ligeiros, sobretudo nas zonas mais claras da imagem, perde-se totalmente. Esta é uma forma de distinguir a deterioração dos corantes à luz do desvanecimento no escuro, que não produz perda de pormenores nas zonas claras.

Descrição do mecanismo da deterioração - A imagem a cor é formada por três camadas de corantes, transparentes e sobrepostos, que estão doseados para produzir a cor correta. A luz provoca a decomposição dos corantes, de forma desigual (os vários corantes tem resistência diferente à luz) e o desvanecimento de uma destas camadas conduz à sobrevalorização dos outros dois corantes, com alteração de cor da imagem.

Causas do seu aparecimento - Fragilidade dos corantes à ação da luz e radiação ultravioleta.

Ações para prevenir o seu aparecimento - Instalação das fotografias a cor no escuro, não expor de forma permanente as provas a cor, limitar o número de horas da exposição, escolher fontes de luz fraca (50 lux é o valor recomendado), sem emissão de ultravioleta. Evitar projetar ou observar sobre a mesa de luz os diapositivos a cor, ou optar por mostrar duplicados.

Formas de restauro - Não se praticam formas de restauro químico;. A cor pode ser restaurada até um certo grau de desvanecimento, por meios informáticos, através da digitalização e tratamento da imagem digital. Os pormenores desaparecidos não têm forma de recuperação.

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